ASPECTOS FÍSICOS CARACTERIZAÇÃO TOPOGRÁFICA Governador Valadares situa-se na Depressão do Rio Doce
e apresenta um relevo que pode ser considerado segundo três compartimentações: plano - 15,0%; ondulado - 60,0%;
montanhoso - 25,0%. O município apresenta uma topografia caracterizada pela dominância de relevo colinoso, com
níveis altimétricos compreendidos entre 191 metros (foz do Ribeirão Santa Helena) e 1 008 metros (cabeceira do Córrego Bananal),
em relação ao nível do mar. CLIMA O clima da região de Governador Valadares é classificado, segundo
KÖPPEN, como do tipo AW - tropical subquente e subseco. Esta categoria é marcada por uma estação seca bem acentuada, coincidindo
com o inverno. As médias térmicas anuais mostram-se em torno de 25,6°C, com máximas de 23,7°C e mínimas de 18,3°C.
O índice médio pluviométrico é da ordem de 1 350 mm. O período tipicamente chuvoso compreende os meses de novembro a março.
HIDROGRAFIA O principal curso de água que banha o município analisado é o Rio Doce, cuja bacia (de 83
500 Km quadrados) é composta por 222 municípios, sendo 203 pertencentes ao Estado de Minas Gerais e o restante, ao Espírito
Santo. Nos dias atuais, suas águas encontram-se com elevada turbidez e altos índices de poluição, além de apresentarem
fraca presença de vegetação nas margens, ao longo do trecho urbano, e escassez de peixes. Outros cursos de água que
merecem menção são os rios Suaçuí Grande, Suaçuí Pequeno e Corrente, todos afluentes da margem esquerda do Rio Doce; os ribeirões
Traíras, do Bugre e do Onça, além do córrego Figueirinha, que atravessa a sede urbana, atualmente com altos índices de poluição.
COBERTURA VEGETAL A área de Governador Valadares insere-se nos ecossistemas da Região das Florestas Estacionais
Semideciduais. Eles compreendem uma faixa territorial de sentido nordeste/sudeste, localizando-se mais precisamente entre
a Floresta Atlântica-Pinheirais e os cerrados. São de ocupação antiga e complexos, inclusive porque neles se mesclam atividades
tipicamente urbano-industriais com agrícolas e pecuárias. No passado, a Mata Atlântica contribuiu para a exuberância
da paisagem natural do município de Governador Valadares. Contudo, nos anos de 1940 a 1965, a região experimentou o auge do
ciclo madeireiro, como se verá mais adiante, que culminou com a substituição de espécies nativas pelas pastagens de capim
colonião, capim gordura e, mais recentemente, de brachiaria. É na área de proteção ambiental, aí existente, que podem
ser encontradas algumas das espécies nativas de considerável beleza e valor econômico, a saber jacarandá, jequitibá, ipê
amarelo, maria rosa e figueira do Rio Doce. ASPECTOS GEOLÓGICOS, SOLOS E RECURSOS MINERAIS Geologicamente,
sabe-se que no município de Governador Valadares é verificada a predominância de rochas do grupo Rio Doce, principalmente
das formações São Tomé e Figueira, onde se destacam gnaisses listrados finos ou facóides de diversas variedades texturais
ou mineralógicas, além de quartizitos (...) e anfibolitos (...). Algumas lentes de xistos biotíticos ocorrem esparsadamente
em todo o município. Próximo ao pico do Ibituruna, a montanha mais elevada da região, existe uma zona de contato onde
se reconhecem não só diversos tipos de migmatização como também se verifica que este granito, levemente colorido, que constitui
a referida elevação, corta as rochas da formação Figueira. Este granito é denominado por A.L.M. Barbosa de Granito Ibituruna,
devido ao fato de formar o pico de mesmo nome. Os grupos de solo dominantes na região são os latossolos e os podzólicos.
Quanto à produção mineral, o município analisado, inserido na Província Pegmatítica Brasileira (porção oriental),
pode ser considerado um importante centro de produção e comercialização de pedras preciosas. Além das gemas, a área produz
outros minerais industriais, tais como feldspato, cassiterita, berilo, caulim, quartzo, mica, pegmatitos, turmalinas, águas
marinhas, esmeraldas, alexandrita, rubelita e diversas outras pedras coradas.
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